Descubra como alimentar corretamente gatos filhotes com leite em pó, incluindo dicas práticas de preparo, quantidade ideal e cuidados essenciais para o desenvolvimento saudável do pet.

Criar um gatinho não é brincadeira, principalmente quando o assunto é alimentação. Já parou pra pensar por que tantos filhotes resgatados acabam com diarreia depois de tomar aquele leitinho que oferecemos com tanto carinho? Pois é, a gente erra achando que está acertando!
Conteúdos desse post:
Diferentes tipos de leite
O leite de vaca, que parece uma opção óbvia, é um verdadeiro vilão para os bichanos. Ele foi “projetado” pela natureza para alimentar bezerros, não gatinhos! Os felinos têm um sisteminha digestivo totalmente diferente. Quando um gato filhote bebe leite de vaca, geralmente o resultado é um desastre intestinal, com diarreias, gases e desconforto. Além disso, não tem os nutrientes que eles realmente precisam.
E quando que o leite em pó entra nessa história toda? Basicamente quando o filhote não tem a mamãe gata por perto – seja porque ele ficou órfão, foi resgatado muito pequenininho ou porque a mãe o rejeitou. Aí sim, precisamos dar uma mãozinha.
Mas atenção! Não é qualquer leite em pó que serve. Tem que ser um substituto específico para gatos, desses que você encontra em pet shops ou com o veterinário. Esses produtos são feitos pra imitar o leite da gata, com todos os nutrientes que o filhote precisa, como a taurina – um aminoácido superimportante que os gatos não produzem sozinhos.
Se você se viu com um gatinho que precisa de mamadeira, vai precisar se armar de algumas coisinhas: uma mamadeira própria pra filhotes (geralmente parecem seringas), o leite em pó especial, água morna e muita paciência. Ah, e se pudesse ter uma balancinha de precisão, seria o máximo, porque o peso do bichano é crucial pra saber se ele tá se desenvolvendo bem.
Como preparar e dar o leite pra esses bebês peludos
O preparo do leite não tem mistério, mas exige cuidado. Siga as instruções da embalagem direitinho – cada marca tem suas proporções. A água tem que estar morna, nunca quente demais. Dá pra testar pingando umas gotinhas no seu pulso, igual fazemos com mamadeira de bebê humano.
Na hora de dar, posicione o filhote de barriga pra baixo – nunca de barriga pra cima como um bebê humano! Isso pode fazer o leite ir pro pulmão e causar pneumonia. Vá com calma, deixando o bichinho sugar no ritmo dele. Se ele começar a se engasgar, dê uma paradinha.
Os primeiros dias são puxados, viu? Um gatinho recém-nascido precisa mamar a cada 2-3 horas, inclusive de madrugada. É quase como ter um bebê humano em casa! Conforme ele cresce, esse intervalo vai aumentando, mas nas primeiras semanas, prepare-se para noites mal dormidas.
E quanto dar? Olha, depende do tamanho e da idade. Um filhotinho de uma semana geralmente precisa de cerca de 25 a 35% do seu peso corporal em leite por dia, dividido em várias mamadas. Por exemplo, se ele pesa 100g, vai precisar de uns 25 a 35ml de leite por dia.
Outra coisa importante que talvez ninguém te conte: os filhotes muito pequenos não conseguem fazer xixi e cocô sozinhos. A mãe gata normalmente lambe a barriguinha deles para estimular. Na ausência dela, você vai precisar simular esse estímulo passando um algodão umedecido em água morna na região genital e no bumbum do filhote após cada mamada. Parece estranho, mas é vital!
E quando parar com o leite?
Por volta das 4 semanas, os dentinhos começam a aparecer, e é hora de iniciar o desmame. Misture o leite com papinha própria para filhotes, tornando a comida cada vez mais sólida ao longo das semanas. Lá pelas 8 semanas, seu gatinho já deve estar comendo ração para filhotes umedecida em água.
Tem gente que me pergunta: “Mas não posso usar leite desnatado? Ou de soja? Ou de cabra?” Nem pensar! Nenhum desses substitui o leite especial para gatos. Podem até parecer mais naturais, mas não têm a fórmula nutricional que os filhotes precisam.
Uma dica de quem já ralou muito com isso: pese o filhote regularmente. Se ele não estiver ganhando peso constantemente (em média, dobram de peso a cada semana no primeiro mês), é sinal de que algo não vai bem. Nesse caso, corra pro veterinário!
E quando oferecer água? A partir da terceira semana, já pode deixar um potinho raso de água fresca por perto. No começo eles nem ligam muito, mas é importante que se acostumem.
Criar um gatinho com mamadeira dá trabalho, não vou negar. É uma responsabilidade e tanto! Mas ver aquela bolinha de pelos crescer forte e saudável, com cada vez mais personalidade, é uma recompensa que não tem preço. E olha, quem cria na mamadeira geralmente ganha um amigo pra vida toda – digo por experiência própria!
Se você se viu nessa situação, tenha paciência e procure orientação veterinária sempre que precisar. Cada gatinho é único e pode precisar de ajustes na alimentação. No final, todo esse esforço resulta numa coisa só: um gato feliz e saudável para alegrar sua casa por muitos e muitos anos.